terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Janaína foi festejar

Janaína, a jovem da Ilha de Anchieta decidiu passar uma virada de Ano por aí. Escolheu seu melhor vestido, e foi um azul claro com retalhos brancos transparente. Ela era bela, assim como eram belos seus passos andados como se fosse a ginga de um samba bom. A menina mulher, subiu os morros e foi festejar com seus amigos, que os tinha como filhos.

Era sábado a noite, depois da meia-noite e lá ia a moça, sempre sorridente e acenando a todos por quem passava e o povoado se admirava com a doçura e delicadeza de Janaína. Ela tinha cheiro de rosas e o deixava por ali, entre as vielas esse cheiro de rosa branca, recém colhida em algum belo roseiral.

A festa estava acontecendo em todos os cantos, mas ela por sua vez decidiu apenas estar entre aqueles que de fato queriam sua companhia. Se afastou de quem queria a maldade e depositava nas praias perto de sua casinha. Ela foi para a floresta, para a cidade e também no mar. Ela estava onde as coisas eram positivas. Acomodava-se entre as pessoas que tinham sonhos e medos. Entre as crianças, jovens e velhos. Dava firmeza as casais e prosperidade para quem desejava iniciar um novo ritual de começo de ano. Jana, Janaína não se afastava dos seus amigos, mesmo estando presente nos lugares onde haviam lágrimas e risos. Ela podia sentir os corações. A jovem era o coração de tudo que há de bom.

Era tarde, e Janaína precisava voltar para casa. Talvez seu pai a estivesse procurando. Ou ela precisava dar uma organizada em alguns presentes que a noite de um ano novo sempre lhe guardava. Muitos admiravam a jovem que trazia uma singela harmonia as casas, as vidas... E ofertava-lhe coisas lindas e depositavam na beira de sua casa.

Janaína beijou as todos. Desejando-lhes um ótimo ano. Mas antes de sair, pediu aos jovens que entoavam em um luau em volta de uma fogueira, para cantar uma coisinhas. Todos a observavam. Os corações agitados pela festa, se deixaram envolver pela voz da menina de vestido azul e branco. Ouve uma festa maior no céu. As estrelas parecem ter fortalecido seu brilho próprio. E ao final, ela falou alto e em bom tom: espero a todos novamente em minha casa num dia dia dois de fevereiro. A festa é minha, para vocês meus amigos e filhos que eu amo tanto.

Ela saiu, pelas portas... E quem tentou acompanhar seus passos, se perdeu por segundos até que seus olhos não pudessem mais ter a certeza do que via. Era uma jovem bela, cheia de feitiço bom. Ela pode ser encontrada na Floresta, nas cidades... Mas em especial nas praias. Ela é uma caiçara de sorriso largo e gestos simples. Ela é rica, mas dá suas fortunas a seus filhos carentes. Dizem que o amor dela se dá quando se quer amor. E isso, é coisa que só uma mãe de verdade pode dar a seus filhos.

O Dô Sei Abá!

6 comentários:

Laila Prudente disse...

Que linda homenagem! Amei, amei!
beijos

Anônimo disse...

massa geral

Simone Caminada disse...

Eii, adorei seu blog.
Dá um grande prazer em ler.


Adorei MESMO o seu blog. Passa no meu ?
http://retratodopassado.blogspot.com
Beijos;

Victor Pagani disse...

Gostei! Feliz 2011, cara :D Felicidades e sucesso neste novo ano...

[]'s

isis disse...

muito expressivo seu post,gostei muito...
visita o meu também
http://progressocontinuo-progressocontinuo.blogspot.com/

Lenivaldo Silva disse...

Muito boa crônica, Caio.
Um abraço